Sociedade gaúcha não se conscientiza, diz conselheira da Fundação Gaia.
A conselheira da Fundação Gaia Lilly Lutzenberger avaliou que a falta de educação ambiental ainda é o maior problema para a preservação e conservação da água. Infelizmente, o resultado do levantamento da Agência Nacional de Águas (ANA), que revelou a preocupante situação de um terço dos rios gaúchos, não foi surpresa para a defensora do meio ambiente.
Lilly avaliou que mais grave do que a notória falta de investimento, apesar da alta carga tributária paga pelo contribuinte, e do lançamento de dejetos nas águas sem tratamento, é a falta de consciência ambiental da sociedade gaúcha.
‘O drama exposto pela reportagem ‘Rios gaúchos em situação de alerta’, publicada ontem no Correio do Povo, provoca reflexão pessoal de cada um. O que posso fazer para ajudar que não estou fazendo’, citou Lilly. Ela ressaltou que ‘todo mundo sabe que a água vai acabar’, mas, na prática, a atitude individual de cada um não demonstra os cuidados necessários. ‘Aquela torneira que fica pingando sem conserto, o banho de horas ou o simples ato de deixar a água correndo durante a escovação de dentes’, exemplificou. Para Lilly, se o consumo de água fosse cobrado por unidade habitacional, no caso dos edifícios residenciais, talvez o desperdício caísse.
Outro exemplo da falta de consciência ambiental da população é visto diariamente às margens do arroio Dilúvio, na Capital. Dezenas de leitores entraram em contato com o CP para pedir a ‘inclusão’ do arroio na lista dos ‘rios em situação de alerta’. O diretor do Departamento de Esgotos Pluviais (DEP) de Porto Alegre, Ernesto da Cruz Teixeira, concorda que a situação é grave, mas afirma que, há três anos, o DEP mantém uma draga permanente para limpeza do arroio, sem contar as campanhas periódicas ou pontuais visando à educação ambiental.
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