Brasão da Cia. de Jesus 1º modelo pedagógico Brasil 1549 a 1759.

"O sucesso não é o final e o fracasso não é fatal: o que conta é a coragem para seguir em frente."

25 de fev. de 2009

VALE A PENA SABER.

OEI – Organização dos Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura.

A OEI é um organismo internacional de caráter governamental para a cooperação entre os países ibero-americanos no campo da educação, ciência, tecnologia e cultura voltado para o total desenvolvimento, democracia e a integração regional.

São membros da OEI: Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Chile, República Dominicana, Equador, El Salvador, Espanha, Guatemala, Guiné Equatorial, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, Portugal, Porto Rico, Uruguai e Venezuela.

Sede central: Madrid (Espanha); escritórios regionais: Argentina, Brasil, Colômbia, El Salvador, Espanha, México e Peru, Chile, República Dominicana, Equador, Guatemala, Honduras, Nicarágua e Paraguai.

http://www.oei.es/acercaoei.htm

© Organización de Estados Iberoamericanos para la Educación, la Ciencia y la Cultura, 2009. Desarrollado por asenmac.

Créditos Publicación
Informe realizado por: José Roberto Rus Perez, Maria Evelyna Pompeu do Nascimento, Claudia da Mota Darós Parente.
Coordenação-geral: INEP/MEC

Para saber sobre Sistema educativo do Brasil:

24 de fev. de 2009

EDUCACION: Los desafíos de la educación superior en América Latina.

Edson Nunes @ 2009-02-14 02:24
Contradições e Desafio Estratégico do Ensino Superior Brasileiro.
Por Edson NunesPh.D. em Ciência Política (U.C. Berkeley), é integrante do Conselho Nacional de Educação e Vice-Reitor da Universidade Candido Mendes onde coordena o Observatório Universitário
"O país deliberou expandir seu ensino superior por meio do setor privado. Mas não tomou um conjunto de outras medidas necessárias a, de um lado, tirar vantagens desta deliberação, e, de outro, adequadamente administrar suas premissas e conseqüências. [...] Em organizações complexas, como se sabe, não é a estrutura que define a função, mas sim a função que define a estrutura, principalmente em organizações de inteligência. Portanto, universidades com fins lucrativos nunca serão, desde o ponto de vista institucional/organizacional, estruturalmente semelhantes às públicas, a despeito de assim determinar o aparato micro (senão nano) regulatório legal e governamental. Sob o atual modelo regulatório, as entidades privadas são forçadas a aderir a modelos estruturais e de governança corporativa originalmente desenhados para o setor público. Engana-se, contudo, o governo, se achar que tal metamorfose seja possível ou eficiente. Nenhuma organização com finalidade lucrativa poderá ser igual a nenhuma organização pública, porque os fins de uma e de outra tendem a determinar suas estruturas e funcionamento, a despeito de qualquer enunciado regulatório. [...] O Cadastro das Entidades Mantenedoras do MEC/INEP registra, em março de 2007, um total de 1.693 entidades públicas e privadas que mantêm IES, havendo predominância das últimas (93%). [...] Constata-se que, dez anos após os atos legais que explicitaram a possibilidade de mantença de cursos superiores por entidades com fins lucrativos, este grupo de instituição, cuja criação só foi permitida e incentiva a partir do final da década de 90, já alcança o total de 755 instituições, ou seja, quase a metade do total das mantenedoras privadas – 48% de 1.572
[...} Constata-se que, em 2005, tais entidades já respondiam por 18,7% dos alunos matriculados em IES e por 25,8% dos alunos matriculados em instituições privadas. A julgar pelos números apresentados, o crescimento do segmento lucrativo vem se realizando em direção contrária ao das instituições públicas, cuja participação vem se reduzindo progressivamente. Se em 2000, o setor público respondia por 32,9% do alunado; em 2005, essa participação passou para 26,8%.
O Brasil claramente estimulou, por meios legais e regulamentações, a constituição de um setor educacional com fins lucrativos, fazendo do país um caso desviante das tendências mundiais ainda hoje dominantes. Em geral, naqueles países nos quais existe um denso componente privado, a educação superior com finalidade lucrativa é tolerada, mas não se registram políticas públicas, como a brasileira, de incentivo à mercantilização do setor. A natureza essencialmente privada da educação superior brasileira, independentemente da finalidade lucrativa, já fazia do Brasil, ao lado do Chile, Filipinas e Japão, países diferentes dos demais. Entretanto, apenas no Brasil, Chile e Japão as matrículas em universidades representam mais de 50% do total de estudantes, ao contrário, por exemplo, de países como a Alemanha, Grécia, Canadá e Austrália nos quais a educação e quase completamente pública."
http://www.schwartzman.org.br/sitesimon/?p=988&lang=pt-br

Políticas de valorização do primeiro ciclo do ensino básico em Portugal

ACABA DE SER PUBLICADO PELA OECD (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico - Paris/França) UMA AVALIAÇÃO SOBRE A REFORMA DA EDUCAÇÃO BÁSICA OCORRIA EM PORTUGAL NOS ÚLTIMOS 3 ANOS.

http://mt.educarchile.cl/MT/jjbrunner/archives/Info_Portugal_port.pdf

22 de fev. de 2009

Abordagens do saber.

O homem se relaciona com o mundo por diferentes maneiras, conforme a ocasião e de acordo com as suas necessidades, seja: através da religião, ciência, arte, filosofia e outras podendo todas coexistir.

Observa-se que cada povo transmite conhecimento por meio espontâneo como o senso comum, ou seja, o conhecimento é passado de geração a geração e por meio de instituições educacionais.

É conveniente ressaltar a importância da ação educacional composta de teoria e prática, pois ambas, em conjunto colocam o homem na realidade em que vive. Além do mais é preciso que se perceba a necessidade de transformar o senso comum, que é uma sabedoria dispersa ou sem unidade, em bom senso, que é uma sabedoria coerente.

De modo contínuo, vale citar o Filósofo francês, Edgar Morin, expoente da cultura francesa do século XX, que enunciou (1999-2001) um conjunto de reflexões direcionadas ao repensar da educação do século XXI, reflexões estas chamadas de “Os sete saberes necessários à educação do futuro”, quais sejam: - As cegueiras do conhecimento: o erro e a ilusão; - Os princípios do conhecimento pertinente; - Ensinar a condição humana; - Ensinar a identidade terrena; - Enfrentar as incertezas; - Ensinar a compreensão; - A ética do gênero humano[1].

É indiscutível o mérito do respeitável filósofo ao introduzir tais reflexões, para a época, até porque o educador precisa de um referencial para determinar as suas ações. No entanto, hoje, diante de uma cultura tão diversa, o educador se depara com a necessidade de criar métodos de ensino coerentes com a atual realidade tendo o compromisso de abranger toda a uma coletividade.

É imperativo usar de criatividade e porque não ousar, direcionar a educação para a nova realidade cultural, porém sem destruir a sua essência.

Com efeito, um bom método para que todos se conscientizem é compartilhar seus conhecimentos, mostrar a necessidade de colaboração. O homem tem que despertar para a realidade atual e compreender que é tempo de mudanças, com base no conhecimento adquirido com total segurança e ter a convicção do dever cumprido com responsabilidade.


Bibliografia recomendada:
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Filosofia da Educação. Ed. Moderna.


[1] MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro. Ed. São Paulo – Cortez.
http://www.conteudoescola.com.br/site/content/view/89/40/

18 de fev. de 2009

Políticas Públicas

Entende-se por Políticas Públicas “o conjunto de ações coletivas voltadas para a garantia dos direitos sociais, configurando um compromisso público que visa dar conta de determinada demanda, em diversas áreas. Expressa a transformação daquilo que é do âmbito privado em ações coletivas no espaço público” (Guareschi, Comunello, Nardini & Hoenisch, 2004, pág. 180).
É um conceito oriundo das áreas Política e Administrativa, embora venha sendo utilizado nas mais variadas áreas porque permite estudar o espaço social antes da sua implementação.
Para José Matias Pereira, compreende um elenco de ações e procedimentos que visam à resolução pacífica de conflitos em torno da alocação de bens e recursos públicos, sendo que os personagens envolvidos nestes conflitos são denominados "atores políticos".
Você sabe a diferença entre decisões políticas e políticas públicas?
Nem toda decisão política chega a ser uma política pública.
Decisão política é uma escolha dentre um leque de alternativas.
Política pública, que engloba também a decisão política, pode ser entendida como sendo um nexo entre a teoria e a ação. Esta relacionada com questões de liberdade e igualdade, ao direito à satisfação das necessidades básicas, como emprego, educação, saúde, habitação, acesso à terra, meio ambiente, transporte etc.
Entre a Razão e a Fé
(refletindo a historia da educação)


Nos primeiros séculos da Idade Média, a concepção de ensino dominante, como não poderia deixar de ser, era aristocrática, ou seja, separava a formação profissional, associada ao trabalho manual(artes mecânica e, portanto, desprestigiadas), da formação intelectual(artes liberais apropriadas para os aristocratas). As escolas monásticas, muitas delas instaladas no campo, eram as maiores responsáveis pela formação intelectual dos jovens. A partir do século XII, entretanto, os jovens de diferentes condições socioeconômicas (baixa nobreza, burguesia, ou mesmo camponeses mais abastados), começaram a ter maior interesse em cursar as universidades, situadas nas cidades. As universidades se distinguiam das escolas monásticas tanto pelos programas como pelo método de ensino que adotavam. Esse novo método procurava promover entre alunos e professores sistemáticas discussões a partir de questões e textos teológicos, estimulando o conhecimento racional, contrapondo-se,assim, à cultura monástica, em que a ênfase era data às interpretações místicas.
Foi assim na Escola Superior de Medicina de Salerno, fundada no início do século X, onde começou a ser desenhado o protótipo da universidade medieval.E, dessa forma, surgem as primeiras universidades, como a de Bolonha(1088), seguida das de Paris(1150) e Oxford(1168). Interessante lembrar que essas três, ainda hoje, são centros de referência no mundo acadêmico. ocidental.
Na França, além da Universidade de Paris, foram cridas a Universidade de Montpellier, em 1125, e a de Toulouse, em 1229. Na Itália, além da de Bolonha, entre as mais antigas podem ser citadas a Universidade de Pádua, fundada em 1222, a de Nápoles, fundada em 1224, a de Siena, fundada em 1240, e a de Pisa fundada em 1342.
Na Inglaterra, além da de Oxford, em 1209 foi criada a Universidade de Cambridge. Na Espanha, a primeira a surgir foi a Universidade de Salamanca(1218), seguida pela de Valência(1245). Em Portugal, a Universidade de Coimbra surgiu em 1290. Louvain foi a primeira universidade belga, já no século XV(1425). Antes dela, na Alemanha, haviam surgido as Universidades de Heidelberg(1385),de Erfrut(1379), de Colônia(1388), de Leipzig(1409) e a de Rostock(1419), e mais tarde seriam formadas as universidades de Freiburg(1455) e Tübingen(1477). Em todas elas sempre foram ministradas aulas de filosofia e, ao longo dos séculos, muitos professores dessas instituições se tornaram pensadores da maior relevância para a história da disciplina.
As universidades atraíam estudantes de várias regiões da Europa, o que lhes dava caráter "internacional", uma tradição mantida no mundo acadêmico atual.Esses jovens buscavam formação em teologia, direito canônico, medicina e artes, e parte dos estudantes ingressavam na burocracia da Igreja ou dos Estados em formação.
Vale lembrar que nessa época ainda não se podia contar com a imprena moderna, o que tornava a produção e reprodução de livros tarefa difícil.Contudo, o aperfeiçoamento do pergaminho, feito de animais, possibilitou a produção de folhas mais finas e claras, fáceis de serem encadernadas. E muitos dos cursos ministrados eram organizados em obras, copiadas à mão em vários exemplares, dando origem aos manuais escolares e às bibliotecas universitárias.
O analfabetismo, porém,continuava dominante. Saber ler permanencia um privilégio da nobreza(embora não de todos os seus membros) e dos clérigos. A chance de ascensão social do homem comum resumia-se ao ingresso em alguma ordem religiosa. Entretanto, os cargos eclesiásticos, como o de bispo, eram restritos aos príncipes e clérigos de linhagem nobre.
As ordens religiosas ampliam seu papel na educação ao abrirem escolas associadas às universidades, como a de Paris. Nelas, além dos padres seculares, passam também a lecionar monges dessas ordens ordens. às já existentes ordens agostiniana, beneditina e cisterciense, juntam-se outras, das quais as duas de maior desataque são a dos franciscanos, criada em 1214, e a dos dominicanos, fundada em 1217. Nessas duas escolas a filosofia sempre foi um campo privilegiado de estudos. Os três filósofos franciscanos mais importante foram Roger Bacon, Duns Escoto e Guilherme de Ockham. Dentre os dominicanos destacam-se Alberto Magno, grande divulgador de Aristóteles, e Tomás de Aquino, o seu mais destacado comentador medieval e o maior de todos os filósofos escolásticos.

CHALITA.Gabriel, Vivendo a Filosofia. Editora Ática. São paulo.2005.p.151-2

16 de fev. de 2009

Meio de suprimir e evitar os obstáculos

João Amós Comênio (1592-1670)
(Refletindo sobre educação)


Já se disse com razão: não há nada de mais inútil que o estudo e conhecimento de numerosas coisas que não podem ser utilizadas. E ainda: sábio é quem conhece as coisas úteis, não quem conhece muitas coisas. Poder-se-á orientar os trabalhos escolares para a utilidade e economizar o tempo no ensinamento das matérias se se evitar cuidadosamente de ensinar:
1. As coisas inúteis
2. As coisas alheias
3. Os detalhes insignificantes
É coisa útil a que não serve nem aos bons costumes nem à piedade e sem a qual podemos ser instruídos como, por exemplo, os nomes e a história dos ídolos e ritos pagãos, os diferentes passatempos dos poetas e cômicos, supérfluos e livres etc. Se se encontrar alguém desejoso de aprender essas coisas, através desses autores que menciono, tanto pior! Mas, não é de nenhuma utilidade estudá-los nas escolas onde se deve dar os fundamentos da sabedoria. Que tolice, escreveu Sêneca, aprender o supérfluo quando o tempo nos é avaramente medido. Não se deve aprender coisa alguma exclusivamente para a escola, mas para a vida, a fim de que os alunos não tenham de lançar ao vento nenhuma de suas aquisições ao sair da escola.
São alheias as coisas que não convêm nem a esta nem àquela inteligência, nem a um nem a outro.Há, com efeito, diversidade de natureza entre as ervas, árvores ou animais que faz com que cada um desses seres seja tratado de maneira característica. Não é diferente para o espírito humano.
É verdade, sim, é verdade que não faltam as inteligências felizes que tudo compreendem; mas não é menos verdade que também não faltam jovens que, diante de certo tipo de problema, se embaraçam e perdem o equilíbrio. Há quem seja águia nas ciências especulativas; porém, nas atividades práticas procedem como um asno diante de um lírio. Há quem tenha aptidão para diversos estudos, mas é idiota no que diz respeito ao conhecimento de música. Assim também acontece com outros se têm a infelicidade de serem obrigados a estudar matemática, poética, lógica etc.Que fazer nesses casos? Querer caçar à força num sítio que não atrai a caça é querer lutar contra a natureza, quer dizer, fazer esforços inúteis, porque o resultado será negativo ou sem relação com as penas impostas.
O educador é ministro e não mestre formador ou deformador da natureza; se perceber que um de seus alunos se aventura a um estudo contrário ao seu gosto natural, seu dever não é o de incitá-lo nisso; ele poderá estar certo de que esse aluno ganhará normalmente, num outro estudo, o que perde naquele. Com efeito, quebre-se ou corte-se um único ramo de uma árvore e todos os outros brotarão mais vigorosos porque toda a vitalidade se instalará neles.E se nenhum aluno for constrangido a estudar algo contra sua vontade, não haverá motivo algum para causa-lhe desgosto ou entorpecer-lhe a mente; cada um progredirá rapidamente nos estudos para os quais é inclinado por seus instintos com a permissão da Providência divina e depois, à medida que convier às suas capacidades, servirá utilmente à humanidade.

COMENIUS.JA. Pges Choises. Citado por:Rosa.M.G. de. A História da Educação através de textos. p155-7

15 de fev. de 2009

Filosofia e Filosofia da Educação

(Refletindo sobre a educação)
"A Filosofia da Educação não estabelece métodos ou técnicas de educação; não visa fornecer os meios de educação. Ela se ocupa ainda menos da análise do comportamento ou de relações entre pais e filhos. Seu objetivo não é a Pedagogia nem Sociologia ou a Psicologia da criança ou do adulto.
A Filosofia, como reflexão radical sobre todos os domínios da existência humana, coloca primeiro, no que concerne à educação, estas questões fundamentais: O homem necessita ser educado? Pode ser educado? O que é a educação? A educação pode ser instrumento de libertação do homem? Finalmente, a educação não é nociva e perigosa, ou é ela o meio arrancado aos deuses para permitir ao homem o ato de existir?"
(GADOTTI,M.A educação contra a educação. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1982.p31)

Fábrica de maus professores.


Entrevista de Eunice Durham às “Páginas Amarelas” da revista Veja, na edição de 26/11/2008



Uma das maiores especialistas em ensino superior brasileiro, a antropóloga não tem dúvida: os cursos de pedagogia perpetuam o péssimo ensino nas escolas.


"Os cursos de pedagogia desprezam a prática da sala de aula e supervalorizam teorias supostamente mais nobres. Os alunos saem de lá sem saber ensinar"


O relato da Profa. Eunice Durham, veio corroborar com a escolha do tema para minha monografia. Constato que pertenço a um grupo que pretende ser docente e, para tanto, matriculou-se numa especialização de docência do ensino superior. A turma, compõe-se de um grupo de formação heterogênea mas com um objetivo em comum – ser professor. As expectativas se frustraram pois muitos colegas não se sentem capacitados para enfrentar uma turma. Será que 60hs/aula de didática forma um professor? Proponho realizar um pesquisa neste sentido, mas as Universidades, cujo objetivo deveria ser promover ensino e pesquisa, não recebem com satisfação esta iniciativa. Me parece um contra-senso. Não seria a Universidade a primeira a incentivar a pesquisa? Onde estarão os Mestres, com formação e conhecimento, que deveriam estar lá nos mostrando quais os conhecimentos necessários para esta formação, quando e como aplica-los! Alguns de nós, através de auto instrução e determinação, conseguirão superar esta lacuna desenvolvendo sozinhos suas habilidades e competências e os professores se multiplicarão desta forma, sem um conteúdo mínimo que lhes garanta certa confiança e sem saber o que fazer com o pouco que apreenderam. Ainda bem que existem exceções baseadas nos valores morais, comprometimento e respeito com aqueles que estão nas salas de aula para adquirir uma formação. Concluo que a questão não é privilégio do curso de Pedagogia mas de diferentes cursos, modalidades e níveis de ensino. Deixo esta reflexão: Como deveria ser a formação deste novo professor com todos os desafios que o avanço tecnológico provocou, o mercado de trabalho impõe e a sociedade exige?

Márcia Dias


Warning: ereg() [function.ereg]: REG_BADRPT in /home/.earl/schwartz/schwartzman.org.br/sitesimon/wp-content/plugins/google-analyticator/google-analyticator.php on line 462Márcia Regina Dias @ 2008-11-29 19:06

14 de fev. de 2009

Você já leu John Dewey?

John Dewey (1859-1952), filósofo norte americano
Se projetou como um dos maiores pedagogos da história contemporânea colaborando para a divulgação dos princípios da Escola Nova. Ainda é reconhecido como uma das maiores figuras da
política, filosofia e educação estadounidense, uma presença marcante cujo trabalho merece ser lido e analisado pois muitas das questões abordadas à época ainda são temas preocupantes.

O processo de ensino-aprendizagem para Dewey se basea na compreensão de que o saber é constituído a partir da idéia de que conhecimentos e vivências formam uma engrenagem nova e se interagem, diferentemente das idéias préconcebidas.
Alunos e professor com experiências próprias são integrados ao processo.
Obras: Psychology (1887; Psicologia); My pedagogic creed (1897, Meu Credo Pedagógico); Psychology and Pedagogic method (1899; Psicologia e Método Pedagógico); The School and Society (1899; A Escola e a Sociedade); How we think (1910; Como pensamos); Democracy and education (1916; Democracia e educação; Reconstrucion in philosophy (1920; Reconstrução na filosofia); Human nature and conduct (1922 Natureza humana e conduta); Philosophy and civilization (1931 Filosofia e civilização); Art as experience (1934; A arte como experiência); Logic, the teory of inquiry (1938; Lógica, a teoria da investigação); Freedom and culture (1939; Liberdade e cultura); Problems of men (1946; Problemas dos homens).

VOCÊ JÁ PAROU PRA PENSAR QUE MUITA COISA É GRÁTIS?

"ADEUS AO RELÓGIO - “Na era industrial, a pontualidade é importante”, diz Toffler, “hoje, é a produtividade”

Consultor de chefes de Estado, ele fala das mudanças que a era eletrônica impôs à economia tradicional.

Pedro Doria

“Sabe aquela história de que não há almoço grátis?”, pergunta Alvin Toffler. “Mudou tudo, a economia está cheia de coisas de graça”, ele diz. Aos 78 anos, o primeiro futurista do mundo está cansado. [...]
Mas aí o velho professor lembra do que falava. Ganha ritmo, se empolga com suas idéias mais recentes. Quer se fazer compreender. “Se você vai a um caixa automático e saca dinheiro, um serviço é prestado e ninguém recebe por ele.” Antes, todo serviço exigia um empregado para fazê-lo. Mas quem mede a pressão com um aparelhinho, em casa, não paga a visita do médico. Software livre, fotos digitais que não carecem de revelação, há uma miríade de funções que não geram mais pagamentos. No entanto, geram valor: o dinheiro na mão, a tranqüilidade de que a pressão vai bem ou a foto da filha soprando a vela de aniversário. [...]

Há uma nova riqueza se criando e ela não se conta em dinheiro. Quando riqueza se contava em terra, ela era limitada. Só dá para plantar uma coisa por vez. Na era da informação, todos podemos usar o mesmo conhecimento ao mesmo tempo. Os economistas ainda não descobriram como contar estes valores produzidos de graça. Mas é o que está mudando tudo.”
Alvin Toffler Futurista, 78 anos, autor do 'Choque do Futuro' e 'A Terceira Onda'

13 de fev. de 2009

Aprovar quem não aprendeu?

Veja Edição 2091 7 de dezembro de 2008
"O medo da repetência leva o aluno de classe média a estudar, para evitar os castigos.
Nas famílias mais modestas não há medo nem pressão para que os filhos estudem"

Para chamar atenção sobre pesquisas irrelevantes, um bando de gaiatos de Harvard criou o prêmio Ignobel (um brasileiro já foi agraciado, por estudar o impacto dos tatus na arqueologia). De fato, esse é um problema clássico da academia. Como às vezes aparecem descobertas de valor na enxurrada de idéias que parecem bobas, todos se acham no direito de defender as suas. Diante disso, é reconfortante encontrar pesquisas colimando assuntos palpitantes e com resultados precisos e definitivos. Esse é o caso da tese de Luciana Luz, orientada pelo professor Rios Neto (UFMG), que examinou um problema fundamental: no fim do ano, o que fazer com um aluno que não aprendeu o suficiente? Dar bomba, para que repita o ano? Ou deixá-lo passar? O uso de dados longitudinais permitiu grande precisão na análise. A autora tratou os números com cuidado e sofisticação estatística. O cuidado aumenta a confiança nos resultados. Mas a sofisticação impossibilita que se faça aqui uma explicação acessível da análise estatística.
Contudo, a interpretação das conclusões é clara. A tese permite comparar um aluno que repetiu o ano por não saber a matéria com outro que foi aprovado em condições similares. Os números mostram com meridiana precisão: um ano depois, os repetentes aprenderam menos do que alunos aprovados sem saber o bastante. Tudo o que se diga sobre o assunto não pode ignorar o significado desses dados, que, aliás, corroboram o que foi encontrado pelo professor Naércio Menezes e por pesquisadores de outros países.
Ao que parece, para os repetentes, é a mesma chatice do ano anterior, somada à frustração e à auto-estima chamuscada. Andemos mais além da tese. Não reprovando, a nação economiza recursos, pois, com a repetência, o estado paga a conta duas vezes. E, como sabemos por meio de muitos estudos, os repetentes correm muito mais risco de uma evasão futura. Logo, ganha-se de três lados. Como a "pedagogia da reprovação" não funciona, a "promoção automática" é um mal menor.
A história não acaba aqui. A angústia de decidir se devemos aprovar quem não sabe torna-se assunto secundário, diante da constatação de que o aluno não aprendeu. Esse é o drama mais brutal do ensino brasileiro. Por isso, a discussão está fora de foco. Precisamos fazer com que os alunos aprendam. De resto, não faltam idéias nos países onde a educação dá certo. Por exemplo, na Finlândia – e mesmo no Uruguai – há professores cuja tarefa é dar uma atenção especial aos mais fracos. Por que se digladiam todos contra a "promoção automática", quando a verdadeira chaga é o fraco aprendizado? De fato, há uma razão. Grosso modo, três quartos da população brasileira é definida como de "classe baixa". Dada essa enorme participação, o que é verdade para seus membros é verdade para o Brasil como um todo. Mas há os 20% de classe média e alta. Para esses pimpolhos, a situação é diferente. Famílias de classe baixa são fatalistas, assistem passivamente à reprovação dos seus filhos. Se não aprenderam a lição, é porque "sua cabeça não dá". Já na classe média a regra é outra. Levou bomba? Antes zunia a vara de marmelo, depois veio o confisco da bola, da bicicleta ou do iPhone. Santo remédio!
Reina a "pedagogia do medo da repetência". Essa é a arma dos pais para que o filho se mantenha por longo tempo colado à cadeira e com os olhos no livro. Cá entre nós, eu estudava por medo da bomba. É também a ameaça da bomba que permite aos professores forçar os alunos a estudar. Sem ela, sentem-se impotentes. Portanto, estamos diante de um dilema. O medo da repetência leva a minoria de classe média a estudar, para evitar os castigos. Pode não ser a pedagogia ideal, mas ruim não é. Já nas famílias mais modestas não há medo nem pressão para que os filhos estudem. O que há são as bombas caindo do céu e criando repetência abundante e disfuncional. Pouquíssimos países no mundo têm níveis tão altos de repetência como o nosso. Ao contrário de outros dilemas, esse tem solução clara, ainda que difícil. Basta melhorar a qualidade da educação para todos.

Em se plantando dá

Veja Edição 1949 . 29 de março de 2006

"A educação melhora somente quando se torna o centro de gravidade do governo, eassim persiste por vários anos. Competência e pragmatismo são tudo. Partido não interessa"
Ante o atraso enorme da educação brasileira, somos soterrados pelo pessimismo, sobretudo ao notar que as lideranças nacionais não têm sequer a consciência do problema. Nessas horas, é bom lembrar que vivemos em um país federativo, onde há um bom naco de responsabilidade na mão dos estados. E, se prestarmos atenção, alguns levaram a sério a decisão de tirar o atraso. Vejamos o exemplo de dois estados pouco lembrados: Acre e Sergipe. No Acre, completam a segunda gestão um governador e um vice que puseram a educação no primeiro plano. Encontraram um estado conflagrado e com suas escolas degradadas. A primeira providência que tomaram foi melhorar a gestão e reduzir uma burocracia central inchada, emagrecendo-a de 1.200 para 400 funcionários. Em seguida, as atenções focalizaram a construção e a reforma das escolas. Escola bonita e cores alegres fazem subir o astral de todos. Recentemente, a
escolha de diretores passou a ser feita em duas etapas: concurso e eleição.
Para os alunos repetentes, foi criado o Poronga, um programa inovador, utilizando a experiência e os materiais do Telecurso 2000. À medida que mais alunos de escolas públicas chegavam ao fim do ensino médio, o governo fez um acerto com a universidade federal, pelo qual o estado financia a expansão da sua rede em outras cidades.
Os resultados estão aí. A matrícula cresceu, tirando o estado da rabeira. Melhor ainda, os escores do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb) mostram expressivo aumento na pontuação em português (matemática ainda é um problema).
Faz poucos anos, Sergipe resolveu cuidar seriamente de seu ensino. O governador define a educação como sua prioridade. Iniciou dois programas com o Instituto Ayrton Senna, experimenta um novo método de alfabetização infantil e está implantando as fórmulas gerenciais do professor Vicente Falconi Campos.
As avaliações mostram quais são os professores com melhor desempenho, para recompensá-los com prêmios e um subsídio para que comprem o próprio computador. Algumas escolas estão sendo convertidas em estabelecimentos-modelo, começando a receber estudantes selecionados por seu talento. Foram criados pré-vestibulares gratuitos para alunos da escola pública e são oferecidos prêmios aos mais bem colocados na universidade federal. Ainda é cedo para os resultados aparecerem no Saeb e no censo escolar. Mas, se o estado persistir nessa linha, é inevitável que os resultados sejam visíveis em breve.
Tais avanços confirmam os registrados em Minas Gerais, na década de 90, onde se originaram algumas das idéias adotadas pelo Acre e por Sergipe. Por exemplo, dinheiro para as escolas, redução severa da burocracia central e um sistema pioneiro de avaliação, de todas as escolas. Os diretores passaram a ser escolhidos por concurso seguido de eleição dentre os mais bem colocados. A fórmula mostrou resultados excepcionais. Nas avaliações do Saeb, após oito anos, Minas saltou da nona para a primeira colocação.
Esses três exemplos têm muitos traços comuns. O primeiro e mais decisivo é o comprometimento do governador e de sua equipe próxima. A educação melhora somente quando se torna o centro de gravidade do governo, e assim persiste por vários anos. Competência e pragmatismo são tudo. Partido não interessa.
A burocracia das secretarias precisa ser domada, pois é foco crônico de fisiologismo, reduz a capacidade do estado de oferecer educação de qualidade e sangra os orçamentos. As intervenções são poucas, cuidadosamente escolhidas e implementadas seriamente. É preciso que as ações mirem naquilo que aperfeiçoa a sala de aula. Mil penduricalhos e programinhas não resultam em nada.
Finalmente, todos tiveram uma pontaria certeira para identificar e atrair as melhores cabeças do país, a fim de ajudar na concepção e na execução dos planos. Igualmente, são importados os programas mais inteligentes e eficazes, vários deles iniciativas da responsabilidade social de empresas. Os resultados tardam pouco. Se dois estados de pouca tradição prévia na área estão acertando, aí está a prova eloqüente de que é possível melhorar a nossa educação.

Diploma e monopólio

VEJA Edição 1998 7 de março de 2007

"Os pobres com pouco estudo devemcompetir pelos empregos que o mercadooferece. Mas para quem tem curso universitárioo mercado é protegido por lei"
Faz quase dois séculos que foram fundadas escolas de direito e medicina no Brasil. É embaraçoso verificar que ainda não foram resolvidos os enguiços entre diplomas e carreiras. Falta-nos descobrir que a concorrência (sob um bom marco regulatório) promove o interesse da sociedade e que o monopólio só é bom para quem o detém. Não fora essa ignorância, como explicar a avalanche de leis que protegem monopólios espúrios para o exercício profissional?
Desde a criação dos primeiros cursos de direito, os graduados apenas ocasionalmente exercem a profissão. Em sua maioria, sempre ocuparam postos de destaque na política e no mundo dos negócios. Nos dias de hoje, nem 20% advogam.
Mas continua havendo boas razões para estudar direito, pois esse é um curso no qual se exercita lógica rigorosa, se lê e se escreve bastante. Torna os graduados mais cultos e socialmente mais produtivos do que se não houvessem feito o curso. Se aprendem pouco, paciência, a culpa é mais da fragilidade do ensino básico do que das faculdades. Diante dessa polivalência do curso de direito, os exames da OAB são uma solução brilhante. Aqueles que defenderão clientes nos tribunais devem demonstrar nessa prova um mínimo de conhecimento. Mas, como os cursos são também úteis para quem não fez o exame da Ordem ou não foi bem-sucedido na prova, abrir e fechar cursos de "formação geral" é assunto do MEC, não da OAB. A interferência das corporações não passa de uma prática monopolista e ilegal em outros ramos da economia. Questionamos também se uma corporação profissional deve ter carta-branca para determinar a dificuldade das provas, pois essa é também uma forma de limitar a concorrência – mas trata-se aí de uma questão secundária.
A medicina é uma carreira estritamente profissional, não prepara para outras funções. O custo de estudá-la é quatro vezes maior do que o custo de estudar direito. E pior do que no direito são as conseqüências dramáticas dos erros. Portanto, garantir qualidade na formação de todos os médicos é do mais legítimo interesse social. É lamentável que as associações médicas demonstrem uma atitude tão tíbia diante de faculdades fracas. Pior, a lista de punições para erros médicos é embaraçosamente curta.
A melhor solução está aí para todos verem: as provas da OAB, os exames para exercer medicina nos Estados Unidos e, agora, iniciativas semelhantes em São Paulo. Ademais, os médicos, como os pilotos de avião, deveriam passar em provas periódicas, para demonstrar sua atualização. Querer proibir a abertura de cursos não passa de uma tentativa de reduzir a oferta de médicos, sem melhorar a qualidade dos que aí estão. Ao desdenharem dos exames e reivindicarem um ferrolho nas faculdades, as associações mostram à sociedade que prezam mais seus salários do que a saúde da população. O correto seria a liberdade de abrir cursos, seguida de uma prova individual rígida. Como acontece em outros países, só quem varasse esse ferrolho poderia exercer a medicina.
Resta mencionar os cursos de administração, outra formação clássica de cultura geral. Por que exigir diplomas para o exercício profissional? Nos Estados Unidos, onde nasceram tais cursos, não há nenhuma exigência de diploma. Além disso, as melhores universidades não oferecem administração no nível de bacharelado. Na Alemanha, praticamente, não há formação em administração de empresas. Não consta que esses países padeçam de incompetência crônica na gestão dos seus negócios. É mais uma profissão se locupletando dos monopólios conferidos por leis passadas sorrateiramente no Congresso. Jornalismo é um caso até mais absurdo de monopólio dos diplomas. Menos mal que uma lei semelhante para bacharéis de astrologia não foi aprovada.
É no mínimo um passo atrás que o MEC haja cedido às pressões dos médicos e advogados para exercer legalmente o seu pseudodireito de vetar a abertura de novos cursos। Erro do MEC? Não, da sociedade brasileira, que assiste passivamente a tais tentativas de cercear a concorrência. Os pobres com pouco estudo devem competir pelos empregos que o mercado oferece. Mas para quem tem curso universitário o mercado é protegido por lei.
CLÁUDIO MOURA CASTRO