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"O sucesso não é o final e o fracasso não é fatal: o que conta é a coragem para seguir em frente."

22 de nov. de 2009

Projeto de lei quer limitar número de alunos por sala


Revista Época

Especialistas afirmam que a medida pode melhorar o aprendizado, principalmente para alunos que têm dificuldades
Danilo Venticinque

Qual é o número ideal de alunos em uma sala de aula? Durante muito tempo, a pergunta foi motivo de discussão entre educadores. Agora, os senadores também entrarão no debate. Um projeto de lei que tramita no Congresso pretende estabelecer limites para o número de alunos por professor nas diferentes faixas etárias do ensino público. Em setembro, a Câmara dos Deputados aprovou a proposta. No Senado, ela aguarda o parecer do relator Flávio Arns (PSDB-PR) antes de ser votada na Comissão de Educação.


ATENÇÃO
Além de ser mais silenciosas, salas menores permitem que o professor conheça melhor as dificuldades de cada aluno Se for aprovado, o projeto tornará obrigatórias as recomendações do Ministério da Educação (MEC), definidas em 1999 nos Parâmetros Nacionais de Qualidade da Educação Infantil. “Apesar de estabelecer os parâmetros, o MEC não tem poder constitucional para forçar os Estados e municípios a reduzir as turmas”, afirma Maria do Pilar Lacerda, secretária de Educação Básica do MEC.

Embora as médias nacionais estejam próximas dos parâmetros do MEC, alguns Estados têm médias superiores às recomendadas. Em Alagoas, por exemplo, turmas da 6ª à 9ª série têm quase 37 alunos – sete a mais do que o recomendado para a faixa etária. No Amazonas, a diferença é ainda maior: as salas de aula da 1ª à 5ª série do ensino fundamental têm em média 34,7 alunos, enquanto o MEC recomenda apenas 25.

Limitar o número de alunos por sala de aula pode ser uma maneira eficiente de melhorar o aprendizado e diminuir as diferenças de conhecimento dentro da mesma turma. Em outubro, a Universidade de Chicago fez uma pesquisa com 11 mil alunos do jardim da infância à 3ª série nos Estados Unidos. Os resultados comprovaram que classes com 13 a 17 alunos têm desempenho melhor do que turmas maiores em todas as disciplinas, com destaque para ciências e literatura.

Segundo os pesquisadores, os mais beneficiados foram os estudantes que tinham dificuldades de aprendizado nessas duas áreas. Nas salas menores, todos os alunos se saíram melhor, mas a diferença entre as maiores e as menores notas diminuiu muito. A longo prazo, a distância entre os melhores e os piores alunos tende a ser ainda menor.

Especialistas brasileiros ouvidos por ÉPOCA dizem que os resultados da pesquisa se aplicam ao sistema de ensino do Brasil. “Em salas muito grandes, o aluno carrega a dificuldade ao longo do ano. Às vezes o professor até percebe, mas não tem condições de ajudar”, afirma a professora Ângela Soligo, coordenadora do curso de pedagogia da Unicamp. As especialistas afirmam que as salas de aula com menos alunos são mais silenciosas, o que ajuda na concentração dos alunos. As tarefas fora da sala de aula também são beneficiadas com as turmas menores. “Com menos alunos por sala, há momentos de atenção mais individualizada”, diz a pesquisadora da Letícia Nascimento, da Universidade de São Paulo. Os professores têm mais tempo para se dedicar à correção de cada trabalho ou prova, podendo conhecer melhor as deficiências de cada estudante.

Proposta

Jardim da infância (de 3 a 4 anos) Até 15 alunos por sala

Pré-escola (de 4 a 5 anos) Até 20 alunos por sala

Ensino fundamental (1ª à 5ª série) Até 25 alunos por sala

Ensino fundamental (6ª à 9ª série) Até 30 alunos por sala

Ensino médio Até 35 alunos por sala

16 de nov. de 2009

CHOCOLATE PARA EMAGRECER - Educação alimentar.


O “chocolate emagrecedor” contém em sua fórmula 50% de puro cacau orgânico, que é livre de conservantes e pesticidas. Além disso, possui polissacarídeos mussilaginosos de babosa, L-glutamina (um tipo de aminoácido) e alga spirulina orgânica. A junção de todos estes ingredientes é responsável por estimular a produção de fenilalanina, um aminoácido presente em nosso cérebro capaz de ativar os neurotransmissores que promovem a sensação de saciedade.

Desta maneira, ele reduz a fome e o consumo de calorias diárias pode diminuir em até 50%. E por falar nisso, uma barra de 25 gramas deste chocolate contém 120 calorias. A boa notícia é que ele é livre de açúcar e gordura trans. Mas, não pense que você encontrará este produto na prateleira dos supermercados. Este chocolate deve ser receitado por um nutricionista e elaborado em uma farmácia de manipulação.

O seu consumo é indicado para qualquer hora do dia. A dica é que você coma uma barra deste chocolate cerca de uma hora antes das principais refeições. De resto é só comemorar, pois quem provou garante que o gosto é o mesmo de um produto convencional!

5 de nov. de 2009

Fundos caçam oportunidades no setor de ensino superior

Fundos caçam oportunidades no setor de ensino superior
Valor Econômico, Alessandra Bellotto, 05/nov


O setor de educação entrou no radar dos gestores e administradores dos tradicionais fundos imobiliários. O alvo são os imóveis que abrigam os campi das instituições privadas, especialmente de ensino superior, e seu potencial de retorno na forma de receitas com aluguéis.

O primeiro negócio público, em abril, envolveu a compra pelo fundo CSHG Real State, administrado pela Credit Suisse Hedging-Griffo (CSHG), do imóvel onde fica o campus de Pirituba, na zona Oeste de São Paulo, da Anhanguera Educacional, companhia aberta líder no mercado brasileiro de ensino superior.

A Anhanguera Educacional também dá nome a um novo fundo imobiliário, de R$ 38 milhões, que acaba de receber o registro da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Estruturada pela Brazilian Mortgages, a carteira se prepara para fazer a primeira emissão primária de cotas, no total de 381.378, com valor unitário de R$ 100 cada. A aplicação mínima para o investidor será de R$ 10 mil.

O objetivo do fundo, que será administrado pelo Banco Ourinvest, é adquirir terrenos e imóveis comerciais para a exploração mediante locação para a Anhanguera Educacional Participações S.A. (Aesapar), holding que controla a Anhanguera Educacional. Os recursos a serem levantados com a oferta serão destinados à compra de imóvel localizado na Rodovia Régis Bittencourt, no Taboão da Serra (SP), já com a garantia do contrato de locação de 15 anos. A aquisição do imóvel será feita por aproximadamente R$ 37,4 milhões. O valor do aluguel foi fixado em R$ 373,9 mil, o equivalente a 1% do valor do imóvel. Novas emissões estão previstas, aponta o prospecto preliminar.

Outro fundo com foco no setor de educação está prestes a sair do forno. Batizado de Educacional, chegará ao mercado com a expectativa de captar R$ 200 milhões, aponta o prospecto preliminar. A estruturação e administração ficarão a cargo das mesmas instituições do Anhanguera Educacional. A nova oferta, contudo, marca a estreia de duas assets no setor de fundos imobiliários: Claritas Administração de Recursos e Credit Suisse Brasil. Ambas vão atuar como gestoras da carteira.

O fundo terá como política buscar oportunidades de aquisição de imóveis para posterior locação para instituições de ensino superior ou empresas controladas por escolas superiores. Serão alvo dos gestores empreendimentos imobiliários de grupos educacionais com mais de 10 mil alunos e localizados em regiões metropolitanas de qualquer cidade brasileira.

A fim de diversificar os riscos, foi fixado o limite de 25% do patrimônio para aplicação em um único empreendimento e em único locador. Assim, a carteira de investimentos do fundo deverá ter, pelo menos, quatro diferentes imóveis com quatro diferentes locatários. Nessa primeira emissão, serão ofertadas até 200 mil cotas, com valor unitário de R$ 1 mil cada. A aplicação mínima será de R$ 30 mil, o que para o tamanho da emissão sinaliza a intenção de pulverizar a operação.

Operações como essas serão cada vez mais comuns daqui para frente, acreditam os especialistas. Do lado do mercado de fundos imobiliários, a demanda do investidor anda bastante aquecida em função dos retornos atraentes se comparados à atual taxa de juros. A isenção de imposto de renda sobre os rendimentos distribuídos a partir das receitas com os aluguéis dos imóveis para o investidor pessoa física torna a aplicação mais rentável do que muito fundo de renda fixa.

Levantamento da Rio Bravo com 18 fundos negociados em bolsa há pelo menos um ano mostra que o retorno médio entre janeiro e agosto superou os 42%, entre valorização das cotas no mercado e rendimento distribuído. Só com a renda mensal proveniente dos aluguéis dos imóveis, os investidores tiveram um ganho médio de 7,58% em oito meses sobre o valor de mercado dos fundos na virada do ano. O desempenho equivale a 137,59% da variação do CDI.

O setor de educação também oferece boas oportunidades para os fundos, dada a expectativa de continuidade do movimento de consolidação. No ano passado, foram fechados mais de R$ 650 milhões em negócios de fusões e aquisições, volume recorde para o setor, segundo dados de mercado. Só a Anhanguera fechou 15 aquisições. Neste ano, a onda continua, com destaque para a compra de participação na Kroton Educacional pelo fundo de private equity Advent e do Pueri Domus pelo SEB - Sistema Educacional Brasileiro.

Para o fundo, a consolidação significa mais imóveis passíveis de aquisição e já com contrato de locação de longo prazo garantido. Conforme destaca Sérgio Werther Duque Estrada, sócio da consultoria financeira Valormax, há muitos negócios para sair em função da política agressiva de expansão de grandes grupos como Anhanguera, Estácio de Sá, Kroton, além do avanço de estrangeiros como os americanos Laureate, que em 2005 assumiu o controle da Anhembi Morumbi, e DeVry, dono da Fanor, entre outros. "Esses grupos só compram o negócio de educação, os imóveis ficam sempre de fora das transações", afirma. Ele conta que a negociação, contudo, já sai com o contrato de locação.

Para se ter ideia do potencial de negócios, há no país mais de 2 mil instituições privadas de ensino superior e 1,2 mil grupos mantenedores. Grande parte são empresas familiares com dificuldades financeiras, destaca o representante do Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo (Semesp), o professor Hermes Ferreira Figueiredo. "Em cinco anos, 30 grupos deverão controlar 70% do segmento", acredita Figueiredo, também presidente do grupo Cruzeiro do Sul Educacional.

O setor privado tem grandes perspectivas de crescimento, destaca o executivo sênior do HSBC Private Banking, José Feliciano. "O ensino privado representa 75% do setor de educação", diz. E são essas instituições que têm condição de crescer e contribuir para aumentar a popularização. No Brasil, apenas 20% dos jovens entre 18 e 24 anos estão matriculados. Na Argentina, esse índice é de 61%, no Chile, de 43%, e na Rússia, 68%.